Tabagismo: sintomas, tratamentos e causas


O que é Tabagismo?

O tabagismo é a dependência psicológica e física do tabaco. A substância está presente em produtos como cigarros, narguilés e charutos. O consumo regular de tabaco é responsável por mais de 50 doenças, entre elas pelo menos 12 tipos de câncer.

É considerado dependente do tabaco quem fuma regularmente, não consegue ficar sem a substância e, se fica, experimenta diversos sintomas relacionados a uma crise de abstinência. Por isso, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), o tabagismo é “uma desordem mental e de comportamento, decorrente da síndrome de abstinência à nicotina”.

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável no mundo, matando 6 milhões de pessoas anualmente – o equivalente a uma morte a cada 6 segundos. Entre brasileiros, são 200 mil mortes por ano, em média, creditadas ao uso regular do cigarro.

Causas

O tabagismo causa dependência primeiramente devido a nicotina, a substância psicoativa presente na fumaça do cigarro. Além da dependência física causada pela nicotina ainda temos a dependência comportamental que se caracteriza pela rotina associada ao uso do tabaco criada pelo fumante.

Ao ser inalada a nicotina se liga aos receptores nicotínicos cerebrais localizados na região chamada de sistema de recompensa cerebral (SRC) que são ativados liberando a dopamina, neurotransmissor que causa sensações de prazer, satisfação, melhora da atenção, aprendizado, memória. Estes receptores são chamados alfa4beta2.

Os efeitos da nicotina desaparecem ou diminuem após algumas horas de seu consumo e os sintomas desagradáveis – que compõem a Síndrome de Abstinência – surgem, levando ao ciclo da dependência (se fumo me sinto bem, se não fumo me sinto mal). O uso crônico da nicotina leva a uma dessensibilização destes receptores, que por um tempo não respondem à dose de nicotina inalada levando o fumante aumentar o número de cigarros fumados para atingir o mesmo efeito.

Tipos de fumantes

Fumantes são classificados de acordo com seus hábitos e rotinas em relação ao cigarro. Não existe uma classificação melhor ou pior – se encaixar em qualquer um desses grupos significa estar exposto aos malefícios da nicotina e de outros componentes dos cigarros.

Os tipos de fumantes são:

Fumante passivos

Os fumantes passivos são aqueles que não fumam cigarros em nenhuma frequência ou momento do dia, entretanto, convivem com pessoas que fumam em ambientes fechados – em geral, dentro de casa. Normalmente, são familiares do fumante. Fumantes passivos estão tão sujeitos às consequências do uso regular de cigarros quanto quem os fuma. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 600 mil fumantes passivos morram anualmente no mundo em decorrência de complicações relacionadas ao cigarro.

Fumante ativos

Fumantes ativos são as pessoas que efetivamente fumam cigarros, em qualquer frequência.

Sintomas de Tabagismo

  • Necessidade constante de fumar, a ponto de sentir os efeitos de uma crise de abstinência quando o corpo fica sem nicotina por longos períodos;
  • Não conseguir parar de fumar por conta própria;
  • Continuar fumando mesmo após o diagnóstico de problemas de saúde relacionados ao vício;
  • Interromper atividades sociais, recreativas ou profissionais, independente do grau de importância delas, para fumar.

Sintomas de abstinência de Nicotina

Experimentar sintomas de abstinência após longos intervalos de tempo sem fumar é o sinal mais característico de tabagismo.

  • Esses sintomas de abstinência são:
  • Irritabilidade;
  • Frustração;
  • Explosões de raiva sem motivos relevantes;
  • Impaciência;
  • Fadiga;
  • Ansiedade;
  • Dificuldade para se concentrar;
  • Distúrbios de sono, que podem ser insônia ou dormir mais que o habitual;
  • Queda de produtividade em tarefas rotineiras.

As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco

10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão
5 vezes maior de sofrer infarto
5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar
2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.

Se parar de fumar agora…

após 20 minutos sua pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal, após 2 horas não há mais nicotina no seusangue
após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza
após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor
após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora
após 10 anos o risco de sofrer infarto do coração será igual ao de quem nunca fumou, e o risco de desenvolver câncer de pulmão cai à metade
após 20 anos o risco de desenvolver câncer de pulmão será quase igual ao de quem nunca fumou.

Tratamento de Tabagismo

A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, heroína, álcool, com uma diferença: chega ao cérebro em apenas 7 a 19 segundos. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores a cada dia.

Não tenha medo…

1. Dos sintomas da síndrome de abstinência

Quando o fumante para de fumar, pode apresentar alguns sintomas desagradáveis, tais como: dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, agressividade, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência da nicotina, porém, não acontecem com todos os fumantes que param de fumar. Quando acontecem, tendem a desaparecer em uma a duas semanas (alguns casos podem chegar a 4 semanas).

Alguns dos sintomas, como dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do restabelecimento do organismo sem as 7.000 substâncias da fumaça do cigarro. O sintoma mais intenso, e mais difícil de se lidar é a chamada “fissura” (grande vontade em fumar). É importante saber que a “fissura” geralmente não dura mais que 5 minutos, e tende a ficar mais tempo que os outros sintomas. Porém, ela vai reduzindo gradativamente a sua intensidade e aumentando o intervalo entre um episódio e outro.

2. Da recaída

A recaída se caracteriza pelo retorno ao consumo de cigarros após parar de fumar, e não deve ser encarada como fracasso. Comece tudo novamente e procure ficar mais atento ao que fez você voltar a fumar. Dê várias chances a você… até conseguir.

3. De engordar

Se a fome aumentar, não se assuste, é normal um ganho de peso, pois seu paladar vai melhorando e o metabolismo se normalizando. De qualquer forma, procure não comer mais do que de costume. Evite doces e alimentos gordurosos. Mantenha uma dieta equilibrada com alimentos naturais e de baixa caloria, frutas, verduras, legumes etc. Atividade física também ajuda no controle do peso. Beba sempre muito líquido, de preferência água e sucos naturais. No início, evite café e bebidas alcoólicas, pois eles estimulam a vontade de fumar.

Escolha um método para deixar de fumar

Método de Parada Imediata: neste método você marca uma data em que deixará de fumar, independentemente do número de cigarros fumados diariamente. Quando chegar o dia escolhido, você não deverá ter cigarros, porque essa medida diminuirá os riscos de, diante de uma forte vontade de fumar, você acender o cigarro por tê-lo perto.

Parada Gradual: reduzindo o número de cigarros fumados a por dia. Caso não consiga parar de fumar sozinho, procure tratamento especializado, que poderá ser na rede do SUS. Cuidado com métodos para deixar de fumar que podem trazer malefícios à saúde.

Doenças relacionadas ao tabagismo

O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão. Outros tipos de câncer têm como fator de riso o tabaco com os de cabeça e pescoço (câncer da cavidade oral, câncer de faringe e câncer de laringe), câncer de mama, câncer de bexiga, câncer de estômago e câncer de esôfago. Em geral, as taxas de incidência em um determinado país refletem seu consumo de cigarros. Outras doenças relacionadas ao tabagismo:

  • hipertensão arterial
  • aneurismas arteriais
  • úlcera do aparelho digestivo
  • infecções respiratórias
  • trombose vascular
  • osteoporose
  • catarata
  • impotência sexual no homem
  • infertilidade na mulher
  • menopausa precoce
  • complicações na gravidez.

Fontes:
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tabagismo
https://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa-nacional-controle-tabagismo/tabagismo
https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-tabagismo-tratamento-e-doencas-causadas-pelo-tabagismo/

Informações importantes sobre hipertensão

Como evitar a pressão alta?

Hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem. O coração e os vasos podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos a pressão lá dentro aumenta. O mesmo ocorre quando o coração bombeia o sangue. Se os vasos são estreitados a pressão sobe.

Quais as consequências da pressão alta?

A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper. Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso, leva ao “derrame cerebral” ou AVC. Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação dos órgãos. Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas com o tratamento adequado, bem conduzido por médicos.

Fatores de risco

– História familiar de hipertensão;
– Excesso de peso;
– Sedentarismo;
– Dieta hipersódica (rica em sal);
– Consumo excessivo de álcool;
– Tabagismo;
– Estresse;

– Envelhecimento.

Quais são os sinais e sintomas da pressão alta?

Na maioria das vezes, não há sintomas. Porem quando se manifestam podem ocorrer:

– Ruídos ou zumbido nos ouvidos;
– Fadiga (cansaço);
– Dor de cabeça;
– Batimento cardíaco irregular;
– Sangramento nasal;
– Alterações da visão

Como evitar preocupações e viver melhor?

A melhor maneira de prevenir a hipertensão é através da alteração do estilo de vida.

Confira algumas medidas essenciais:

– Redução do peso: A redução da massa corpórea pode promover a diminuição da pressão arterial e diminuir o risco de diabetes mellitus e de dislipidemia (alteração do nível de colesterol e triglicérides).

– Redução do consumo de álcool: O álcool pode causar aumento da resistência das paredes arteriais e por isso elevar a pressão arterial.

– Praticar atividade física: As atividades físicas aeróbicas contribuem de modo inegável à redução da mortalidade. A prática de 30 a 45 minutos diários ajuda a redução do peso corpóreo e o controle das dislipidemias. Sabe-se que os indivíduos sedentários têm probabilidades de apresentarem hipertensão arterial elevadas em 20 a 50%.

– Redução na ingestão de sódio (sal): A redução do consumo de sódio melhora na resposta ao tratamento anti-hipertensivo.

– Controle do estresse: leve os problemas do dia-a-dia de maneira mais tranquila e procure a prática de atividades que lhe deem prazer.

– Cuidados: procure um profissional médico e faça acompanhamento regularmente. Não abandone o tratamento e tome a medicação conforme orientação médica.

Embora não exista cura para a Hipertensão Arterial, é possível um controle eficaz, baseado na reformulação de hábitos de vida e a utilização de medicação, permitindo a pessoa uma melhor qualidade de vida.

O que é hipertensão e como tratar?

A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, que depende das comorbidades e medidas da pressão. É importante ressaltar que o tratamento para hipertensão inicia-se a mudança do estilo de vida (MEV) associado ou não a medicamentos

Fontes: Sociedade Brasileira de Hipertensão